terça-feira, março 15, 2005

Você faz o que gosta???

Na hora de escolher sua profissão, pense bem. Será que vale a pena trabalhar sem prazer???

Hoje em dia, o mercado de trabalho está cada vez mais competitivo. Por esse motivo, os profissionais precisam se especializar na área em que atuam, mostrando um diferencial, um destaque e se sobressaindo como um profissional de sucesso. Mas, por outro lado, surge a pergunta: você gosta do que faz???

Se você não está satisfeito com o seu trabalho, fica mais difícil competir. Muitas pessoas procuram uma profissão que traz um retorno financeiro bom, ou então fazem um certo curso porque “o pai tem o sonho que seu filho seja um médico”, por exemplo. Mas, se isso não é o que realmente a pessoa quer fazer, ela será feliz na profissão que “escolheu”???

A pessoa que não se encontra na profissão, não consegue dar o melhor de si, porque isso não lhe dá prazer. Conseqüentemente, ela não faz um bom trabalho, não tem um bom reconhecimento e acaba se tornando um péssimo profissional. E isso compensa???

A felicidade não está só no dinheiro e sim, em fazer as coisas de que se gosta. Um bom profissional é aquele que é feliz no que faz, porque é motivado a trabalhar. Assim, o serviço rende e se torna um prazer e não um dever.

Pense bem o que você quer para sua vida, ser um profissional frustrado ou um profissional de qualidade. Procure fazer o que lhe dê prazer. Por mais que isso não lhe traga um retorno financeiro agora, você terá um retorno futuro. Primeiro, descubra o que você gosta de fazer e depois se aperfeiçoe naquilo que você escolheu.

por Karin Menegalli


Publicado no site KMA Marketing Integrado

O sucesso do trabalho em equipa

Como o trabalho em equipe faz a diferença em empresas bem-sucedidas

A partir de um livro que estava lendo esses dias, “A quinta disciplina” (Peter Senge), comecei a fazer algumas reflexões sobre o tema trabalho em equipe.

Aprendemos, desde muito cedo, a fragmentar os problemas, dando a impressão de que isso os torna mais fáceis, porém, não conseguimos perceber que deste modo perdemos a noção intrínseca de conexão com o todo.

É necessário acabarmos com a idéia de que o mundo é formado por forças individuas, pois, somente desse jeito poderemos construir “organizações que aprendem”. Organizações nas quais as pessoas expandem continuamente sua capacidade de criar os resultados que realmente desejam. Onde estimulem padrões de pensamentos novos e abrangentes. Onde o desejo coletivo ganhe liberdade e onde as pessoas aprendem continuamente a aprender juntas, para que juntas cresçam.

O mundo está cada vez mais interligado e os negócios mais complexos e dinâmicos. O trabalho precisa ligar-se em profundidade com a empresa. Simplesmente não é mais possível encontrar soluções na alta gerência e fazer com que todos os outros sigam as ordens do “grande estrategista”. As organizações, que realmente querem ser bem sucedidas. Terão que descobrir como cultivar nas pessoas o comprometimento e a capacidade de aprender em todos os níveis da organização terão que ter um objetivo comum maior do que os objetivos individuais e, assim, gerar resultados extraordinários.

A disciplina da aprendizagem em equipe começa pelo diálogo (em grego dia-logos significa o livre fluxo de significado em um grupo, permitindo novas idéias e percepções que os indivíduos não conseguiriam ter sozinhos) estimulando a capacidade dos membros de deixarem de lado as idéias preconcebidas e participarem de um verdadeiro “pensar em conjunto”.

É interessante observar que muitas culturas “primitivas” , como a dos índios norte-americanos, preservaram a prática do diálogo, mas essa prática se perdeu quase que totalmente na sociedade moderna. Hoje, os princípios e as práticas do diálogo estão sendo redescobertos e inseridos em um contexto contemporâneo.

A disciplina do diálogo envolve também o reconhecimento dos padrões de interação que dificultam a aprendizagem nas equipes. Os padrões de defesa freqüentemente são enraizados na forma de operação da equipe. Se não forem detectados, minam a aprendizagem. Se percebidos e trazidos à tona de forma criativa, podem realmente acelerar a aprendizagem. E essa aprendizagem em equipe é vital, pois as equipes, e não os indivíduos, são a unidade de aprendizagem fundamental nas organizações modernas. Eis um ponto crucial: se as equipes não tiverem capacidade de aprender, a organização não a terá.

As pessoas têm o costume de se identificarem pelo seu cargo. Por exemplo, quando alguém pergunta a uma pessoa o que ela faz para viver, a maioria descreve as tarefas que executa no dia-a-dia, e não o propósito maior da empresa onde trabalha. A maioria se vê dentro de um “sistema” sobre o qual tem pouca ou nenhuma influência. Elas “fazem seu trabalho”, dedicam seu tempo e tentam conviver com forças sobre as quais não exercem controle algum.

Conseqüentemente, tendem a considerar suas responsabilidades limitadas às fronteiras do próprio cargo.

Quando as pessoas na organização se concentram exclusivamente no cargo que ocupam, elas têm pouco senso de responsabilidade em relação aos resultados da interação de todos os outros cargos.

Se nos concentramos apenas no cargo que ocupamos, não conseguimos enxergar como nossas ações se estendem além dessas fronteiras. Quando as conseqüências acabam retornando e nos prejudicando, interpretamos incorretamente esses novos problemas como se fossem provocados por causas externas.

São por esses motivos que as pessoas precisam aprender a trabalhar em equipe, pois a principal característica de uma equipe relativamente desalinhada é o desperdício de energia. Os indivíduos podem dar tudo de si, mas seus esforços não se traduzem eficientemente como esforço da equipe. Por outro lado, quando uma equipe se torna mais alinhada surge uma unicidade de direção, e as energias dos indivíduos se harmonizam. Há menos desperdício de energia. Na verdade, desenvolve-se um propósito comum, uma visão compartilhada, e a compreensão de como complementar os esforços dos outros. Os indivíduos não sacrificam seus interesses pessoais em prol da visão maior do grupo; ao contrário, a visão compartilhada torna-se uma extensão de suas visões pessoais. Na verdade, o alinhamento é a condição necessária para que o empowerment do indivíduo gere o empowerment de toda a equipe. O empowerment do indivíduo, quando o nível de alinhamento é relativamente baixo, agrava o caos e dificulta ainda mais a gerência da equipe.

A aprendizagem em equipe é o processo de alinhamento e desenvolvimento da capacidade da equipe de criar os resultados que seus membros realmente desejam. Ela se baseia na disciplina do desenvolvimento da visão compartilhada, e também no domínio pessoal, pois as equipes talentosas são compostas de indivíduos talentosos. No entanto, visão compartilhada e talento não bastam. O mundo está repleto de equipes com indivíduos talentosos que compartilham uma visão durante algum tempo, mas que não conseguem aprender.

Hoje, quase todas as decisões importantes são tomadas em equipe, seja diretamente ou através da necessidade de equipes para traduzir as decisões individuais em ação. Os feitos da equipe podem definir o tom e estabelecer um padrão para a aprendizagem conjunta de toda a organização.

Um exemplo simples de trabalho em equipe é o vôo dos gansos. Quando está se aproximando o inverno, os gansos migram para um lugar mais quente, para fugir do frio. Eles se dividem em equipes e voam em formação V. O “ganso líder” dita o ritmo do vôo, assim, os demais seguem seu ritmo. E com o passar do tempo, o “ganso líder” vai para o último lugar da fila para poder descansar e um outro ganso toma seu lugar. Desse modo, eles conseguem atingir o objetivo, com uma maior eficiência.

por Tatiane Pocai


Publicado no site KMA Marketing Integrado